“É válido cobrar o honorário médico em dobro devido à acomodação ser em apartamento, e não na enfermaria?”

Rivio responde:

No dia a dia da gestão hospitalar, uma dúvida bastante comum, tanto entre faturistas quanto entre médicos e operadoras, diz respeito a em quais casos os honorários médicos podem ser cobrados em dobro?

A resposta está na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), documento elaborado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e amplamente utilizado como referência para remuneração de serviços médicos em todo o país.

E o ponto central é simples, mas precisa de atenção: quando o paciente está internado em apartamento, o valor dos honorários médicos pode, sim, ser cobrado em dobro — desde que atendidas algumas condições específicas.

O que diz a CBHPM sobre o assunto

De acordo com a CBHPM, os honorários médicos para pacientes internados em apartamento ou quarto particular podem ser majorados em até 100%, ou seja, podem ser cobrados em dobro em relação aos valores aplicados em internações de enfermaria.

O raciocínio por trás dessa diferenciação é que, no apartamento, o paciente recebe um atendimento mais individualizado, o que normalmente implica maior disponibilidade do médico, atendimentos mais frequentes e, muitas vezes, maior tempo de dedicação por parte da equipe assistencial.

A CBHPM entende que esse padrão de atendimento diferenciado justifica a cobrança em valor maior — afinal, o tempo do profissional é um recurso essencial, e o modelo de internação interfere diretamente na dinâmica da assistência.

Mas atenção: a cobrança não é automática

É importante destacar que nem todo atendimento em apartamento gera automaticamente o direito à cobrança em dobro. Isto porque a majoração deve estar prevista no contrato com a operadora ou na tabela de honorários utilizada pelo hospital ou clínica.

Ou seja, antes de aplicar a duplicação, é fundamental que o faturamento hospitalar e a auditoria médica verifiquem:

• se o procedimento está previsto na CBHPM com possibilidade de majoração;

• se o paciente realmente está acomodado em apartamento (e não em enfermaria ou leito coletivo);

• se o contrato com a operadora de saúde contempla essa diferença de valores.

Sem essa checagem, há risco de glosas médicas — ou seja, o não pagamento do valor cobrado em duplicidade.

O papel da automação no controle dessas cobranças

Na prática, manter esse tipo de controle — que envolve regras de contrato, tipo de acomodação e tabelas complexas como a CBHPM — pode ser um desafio para equipes de faturamento e auditoria hospitalar.

É aí que a inteligência artificial entra como aliada. Soluções como as da Rivio automatizam a análise dos dados de internação, cruzam informações sobre o tipo de leito, identificam os códigos da CBHPM e sinalizam quando há possibilidade de cobrança diferenciada.

Além de reduzir erros e glosas, a automação garante que o hospital não perca receita por deixar de aplicar a majoração quando ela é devida.

Em síntese, com uma boa gestão e o apoio de ferramentas inteligentes, hospitais e clínicas conseguem otimizar o ciclo da receita, reduzir glosas e assegurar a justa remuneração dos profissionais de saúde — tudo isso com mais agilidade e segurança nos processos. Agora só falta procurar a Rivio para saber como podemos ajudar sua instituição a trilhar esse caminho. Hoje. Porque o futuro da gestão hospitalar já chegou.