O faturamento hospitalar é uma das áreas mais estratégicas da gestão em saúde. Trata-se do processo que garante que hospitais, clínicas e laboratórios recebam de forma correta e ágil pelos serviços prestados a pacientes atendidos por planos de saúde. Apesar de sua importância, muitas instituições ainda enfrentam dificuldades nessa área, o que compromete o fluxo de caixa e pode até colocar em risco a sustentabilidade do negócio.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é faturamento hospitalar, como ele funciona, quais são os principais desafios, erros comuns e, principalmente, quais práticas e ferramentas podem ajudar a melhorar a eficiência e reduzir perdas financeiras.

O que é faturamento hospitalar?

O faturamento hospitalar é o processo administrativo-financeiro que transforma o atendimento médico-hospitalar em receita para a instituição. Ele envolve o registro de todos os procedimentos, exames, consultas, medicamentos, materiais e demais insumos utilizados durante o atendimento ao paciente.

Esse conjunto de informações é consolidado em uma conta hospitalar, que será enviada para a operadora de saúde responsável pelo pagamento. Ou seja, é o faturamento hospitalar que garante que cada serviço prestado seja convertido em valor financeiro para a instituição.

Como funciona o faturamento hospitalar na prática?

O processo de faturamento hospitalar pode variar de acordo com a instituição e o porte do hospital, mas em geral segue algumas etapas comuns:

• Registro do atendimento: médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde registram detalhadamente os procedimentos realizados e materiais utilizados.

  
  

• Codificação: esses registros são traduzidos em códigos padronizados exigidos pelas operadoras, como a TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar).

  
  

• Montagem da conta médica: todos os itens são organizados em uma conta única, que reúne desde honorários médicos até medicamentos.

  
  

• Auditoria interna: antes do envio, o hospital revisa a conta para evitar inconsistências.

  
  

• Envio à operadora: as contas são enviadas eletronicamente para análise e pagamento.

  
  

• Análise da operadora: a operadora avalia se a cobrança está de acordo com o contrato.

  
  

• Glosa e recurso: caso haja divergências, parte ou toda a conta pode ser glosada, exigindo recurso administrativo.

  
  

• Pagamento: após aprovação, a operadora realiza o pagamento ao hospital.

Que áreas trabalham com faturamento hospitalar?

O faturamento hospitalar é uma atividade multidisciplinar que envolve:

• Equipe de faturamento: responsável pela organização e envio das contas. Confira o que faz um faturista hospitalar e qual a sua importância.

  
  

• Auditores internos: conferem erros e inconsistências antes da submissão.

  
  

• Área financeira: acompanha o fluxo de recebimentos e negociações.

  
  

• Equipe assistencial: fornece os registros que sustentam a cobrança.

  
  

• TI e suporte: garantem o funcionamento dos sistemas de gestão.

A importância do faturamento hospitalar

Um faturamento hospitalar bem estruturado garante previsibilidade de receita, melhora a relação com as operadoras de saúde e reduz perdas financeiras. Além disso, ele contribui diretamente para a sustentabilidade da instituição, permitindo investimentos em infraestrutura, equipamentos e qualidade de atendimento.

Sem um faturamento eficiente, o hospital corre risco de sofrer atrasos de pagamento, aumento no índice de glosas e até dificuldades em manter o equilíbrio financeiro.

Principais desafios do faturamento hospitalar

1. Glosas médicas: recusas de pagamento por inconsistências ou descumprimento contratual.

   
   

2. Complexidade das regras: cada operadora tem normas próprias.

   
   

3. Dependência de processos manuais: aumenta erros e retrabalho.

   
   

4. Falta de integração entre setores: informações imprecisas prejudicam a cobrança.

   
   

5. Baixo uso de tecnologia: sem sistemas adequados, há lentidão e falhas.

Como melhorar o faturamento hospitalar

• Capacitação da equipe: Profissionais devem estar sempre atualizados sobre normas da ANS, mudanças contratuais e novas codificações médicas.

  
  

• Padronização de processos: Criar protocolos claros para registro e auditoria de informações reduz erros de origem.

  
  

• Uso de tecnologia: Plataformas especializadas, como a RIVIO, automatizam auditorias, reduzem glosas e aceleram a conferência de contas.

• Integração entre setores: Assistência, faturamento e financeiro devem trabalhar de forma colaborativa, compartilhando informações em tempo real.

  
  

• Monitoramento de indicadores: Métricas como taxa de glosa, tempo médio de recebimento e valores recuperados são essenciais para avaliar o desempenho.

Ganhos práticos do uso de IA no faturamento hospitalar

• O Hospital Márcio Cunha (FSFX) aumentou o número de glosas recuperadas em bloco de 46% para 61%. Veja como isso foi possível.

  
  

• 58% dos executivos de saúde já percebem ganhos de eficiência com o uso de IA generativa, 35% apontam aumento de receita e 32% relatam crescimento de lucratividade (relatório da PwC Brasil (abril de 2025).

  
  

• SINDHOSP registra fala de especialista: IA pode reduzir glosas em até 30% e encurtar o ciclo de faturamento.

Conclusão

O faturamento hospitalar é um processo crítico que vai muito além da burocracia: ele garante a sustentabilidade financeira das instituições de saúde. Profissionais capacitados, processos padronizados e o uso de tecnologia são fatores determinantes para reduzir glosas, otimizar fluxos e assegurar que cada serviço prestado seja devidamente remunerado.

Hospitais e clínicas que investem em boas práticas de faturamento hospitalar não apenas fortalecem seu caixa, mas também criam condições para melhorar a qualidade do atendimento e ampliar seus serviços.

FAQ – Perguntas Frequentes

1. O que é faturamento hospitalar?

É o processo de registro, organização e cobrança dos serviços prestados por hospitais e clínicas aos planos de saúde.

2. Como funciona o faturamento hospitalar?

Passa por registro de procedimentos, codificação, auditoria, envio da conta à operadora e pagamento.

3. Por que o faturamento hospitalar é importante?

Porque garante a sustentabilidade financeira e evita perdas para a instituição.

4. O que causa glosas hospitalares?

Erros de registro, descumprimento contratual, atrasos ou inconsistências na conta médica.

5. Como reduzir glosas?

Com auditoria interna, padronização, uso de tecnologia e treinamento da equipe.

6. Quem trabalha no setor de faturamento hospitalar?

Profissionais de faturamento, auditores, equipe financeira, TI e apoio assistencial.

7. Como começar a trabalhar com faturamento hospitalar?

É preciso conhecimento em gestão hospitalar, codificação de procedimentos e regras da ANS.

8. Quais indicadores devem ser acompanhados?

Taxa de glosa, prazo médio de recebimento, valor faturado x valor recebido.

9. Qual a relação entre faturamento hospitalar e fluxo de caixa?

Um bom faturamento garante previsibilidade e reduz atrasos nos pagamentos.

10. Como a tecnologia ajuda no faturamento hospitalar?

Automatizando auditorias, reduzindo erros e acelerando a análise das contas médicas.