4 de set. de 2025
Tabelas Faturamento
Faturamento Hospitalar
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As tabelas CBHPM e AMB são ferramentas fundamentais na rotina financeira e administrativa de hospitais, clínicas e consultórios que atendem planos de saúde. Elas determinam os valores de referência para procedimentos médicos e, por isso, impactam diretamente o faturamento, as negociações com operadoras e a prevenção de glosas.
Neste artigo, você vai entender o que são essas tabelas, como funcionam, quais suas diferenças, como influenciam a gestão hospitalar e de que forma podem ser utilizadas para melhorar a sustentabilidade financeira de instituições de saúde.
O que são as tabelas CBHPM e AMB?
As tabelas CBHPM e AMB são classificações médicas que servem como referência de remuneração para procedimentos médicos no Brasil.
CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos)
Criada pela Associação Médica Brasileira (AMB) em 2003, tem como objetivo padronizar nomenclaturas, descrever atos médicos e estabelecer valores de referência para remuneração.
AMB (Tabela da Associação Médica Brasileira)
Versão anterior de padronização, publicada periodicamente desde os anos 1990, que serviu como base para a CBHPM.
Em resumo, a CBHPM surgiu como evolução da tabela AMB, tornando-se o padrão mais utilizado no mercado. No entanto, ainda hoje muitas operadoras e hospitais fazem referência a ambas, o que justifica a importância de entender as duas.
Qual a importância das tabelas CBHPM e AMB para hospitais e clínicas?
As tabelas não são apenas listas de preços, e, sim, instrumentos que organizam a relação entre prestadores e operadoras. Elas são importantes porque:
Padronizam a linguagem médica: facilitam a comunicação entre médicos, hospitais, clínicas e planos de saúde.
Definem valores de referência: ajudam a estabelecer parâmetros justos para a remuneração de procedimentos.
Apoiam o faturamento hospitalar: são usadas como base no envio de cobranças para planos de saúde.
Minimizam riscos de glosas: quando a cobrança segue corretamente a tabela acordada, há menos risco de recusa por parte da operadora.
Facilitam auditorias médicas e negociações: criam um padrão que serve de referência em disputas ou questionamentos.
Exemplo prático: se um hospital realiza uma colecistectomia (retirada da vesícula biliar), a CBHPM descreve o procedimento, seu código, grau de complexidade e valor de referência. Assim, o setor de faturamento sabe como registrar a cobrança corretamente.
Como a CBHPM é estruturada?
A CBHPM é organizada de forma hierarquizada e inclui:
Código do procedimento: identificação única.
Descrição do procedimento: nome e características.
Unidades de trabalho médico (UTMs): métrica que considera tempo, complexidade e recursos.
Valor da UTM: definido como base para cálculo.
Valores de referência: indicam quanto deve ser pago por cada procedimento.
Essa hierarquia busca refletir a complexidade real do trabalho médico. Por exemplo: uma cirurgia cardíaca terá valor mais alto em relação a um procedimento ambulatorial simples.
Qual a diferença entre as tabelas CBHPM e AMB?
Embora muitas vezes mencionadas juntas, elas têm diferenças importantes:
Aspecto | CBHPM | AMB |
---|---|---|
Origem | Criada em 2003 | Atualizada desde os anos 1990 |
Estrutura | Hierarquizada, com UTMs | Mais simples, apenas com códigos e valores |
Adoção | Mais aceita atualmente por operadoras | Ainda utilizada em alguns contratos antigos |
Objetivo | Tomar remuneração mais justa e padronizada | Servir de base inicial para valores de referência |
Na prática, a CBHPM substituiu a tabela AMB, mas ambas ainda coexistem em contratos, o que exige atenção dos gestores hospitalares.
Como as tabelas impactam o faturamento hospitalar?
O setor de faturamento precisa usar a tabela correta (aquela prevista no contrato com cada operadora). Caso contrário, há grande risco de glosas – recusas de pagamento.
Exemplo prático:
Um hospital realiza uma endoscopia e cobra com base na CBHPM.
Porém, o contrato com o plano ainda está indexado na tabela AMB.
Resultado: a cobrança pode ser rejeitada por divergência, gerando glosa administrativa.
Portanto, é fundamental que o time de faturamento conheça qual tabela está vigente em cada contrato e faça a cobrança de acordo.
Como as tabelas CBHPM e AMB influenciam as negociações com operadoras?
As tabelas também são usadas como base de negociação entre hospitais e planos de saúde.
Hospitais e clínicas querem adotar a versão mais atualizada da CBHPM, pois geralmente os valores são mais justos.
Operadoras de saúde muitas vezes resistem, tentando manter versões antigas para reduzir custos.
Essa divergência gera impasses contratuais. Em muitos casos, é necessário negociar reajustes periódicos, cláusulas de atualização e a migração de AMB para CBHPM.
Quais os principais desafios no uso das tabelas CBHPM e AMB?
Atualização constante: a AMB publica novas edições periodicamente, o que exige revisão de contratos.
Diferenças entre operadoras: nem todas adotam a versão mais recente.
Integração com sistemas de faturamento: é necessário que o software hospitalar esteja configurado com a tabela correta.
Glosas frequentes: ocorrem quando o código ou valor não correspondem ao contrato.
Negociações complexas: requerem equipe preparada para lidar com cláusulas e reajustes.
Qual a relação das tabelas com auditoria hospitalar?
As tabelas CBHPM e AMB são frequentemente usadas na auditoria médica para verificar se:
O procedimento cobrado realmente foi realizado.
O código corresponde à descrição do procedimento.
O valor está de acordo com o contrato.
Quando há inconsistência, a operadora pode aplicar uma glosa. Por isso, entender essas tabelas é essencial não só para faturistas, mas também para auditores e gestores.
Como otimizar o uso das tabelas CBHPM e AMB na rotina hospitalar?
Algumas boas práticas incluem:
Treinar a equipe de faturamento: para identificar corretamente os códigos.
Automatizar processos: com sistemas que já trazem as tabelas atualizadas.
Mapear contratos: mantendo registro claro sobre qual tabela e versão cada operadora utiliza.
Revisar cobranças antes do envio: reduzindo glosas administrativas.
Acompanhar publicações da AMB: para se manter atualizado sobre alterações.
Combate a erros com inteligência artificial
Muitas instituições já estão adotando ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para lidar com as tabelas CBHPM e AMB de forma mais eficiente.
A RIVIO é uma plataforma de Inteligência Artificial na gestão da saúde que cuida de todo o ciclo da receita hospitalar, aumentando o faturamento e eficiência operacional. Isso significa que a tecnologia pode:
Identificar automaticamente a tabela correta para cada contrato.
Cruzar códigos de procedimentos com regras de faturamento.
Detectar divergências antes do envio ao plano.
Automatizar recursos de glosa com base em evidências clínicas.
Integrar dados da CBHPM em sistemas hospitalares de forma inteligente.
Com a RIVIO, os hospitais e as clínicas deixam a burocracia nas mãos da IA, podendo focar no que realmente importa: cuidar da saúde da população brasileira.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre as tabelas CBHPM e AMB
1. O que são as tabelas CBHPM e AMB?
São tabelas de referência criadas pela Associação Médica Brasileira (AMB) para padronizar e precificar procedimentos médicos.
2. Qual a diferença entre CBHPM e AMB?
A CBHPM é mais recente, hierarquizada e com maior aceitação pelo mercado; a AMB é anterior e mais simples, mas ainda usada em contratos antigos.
3. Quem utiliza as tabelas CBHPM e AMB?
Hospitais, clínicas, médicos e operadoras de planos de saúde as utilizam para cobrança, auditoria e negociação.
4. As tabelas CBHPM e AMB são obrigatórias?
Não são obrigatórias por lei, mas são amplamente adotadas como referência pelo setor de saúde suplementar.
5. Onde encontrar as tabelas atualizadas?
No site oficial da Associação Médica Brasileira (AMB).
6. A CBHPM substituiu a tabela AMB?
Sim, mas ainda há contratos que utilizam a tabela AMB, exigindo atenção das instituições.
7. As tabelas CBHPM e AMB impactam as glosas?
Sim. Divergências entre tabela usada e contrato vigente são uma das principais causas de glosas.
8. Como saber qual tabela usar em cada contrato?
É preciso consultar o contrato firmado com cada operadora, pois cada um pode prever uma tabela diferente.
9. As tabelas CBHPM e AMB sofrem reajustes?
Sim, a AMB publica novas versões periodicamente para atualização de valores.
10. Como a inteligência artificial ajuda no uso das tabelas?
A IA automatiza a conferência de códigos e contratos, reduz erros e previne glosas, como já faz a Rivio.