Como usar a tabela de glosas para evitar prejuízos

Como usar a tabela de glosas para evitar prejuízos

10 de set. de 2025

Tabelas Faturamento

Faturamento Hospitalar

Glosas

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tabela de glosas
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As glosas hospitalares são um dos maiores desafios da gestão financeira em clínicas e hospitais que atendem planos de saúde. Elas ocorrem quando uma conta médica enviada ao convênio sofre corte ou rejeição de valores por motivos que vão desde erros administrativos até falhas na justificativa clínica.

A boa notícia é que existe uma padronização para identificar essas ocorrências: a tabela de glosas, que organiza os principais motivos por meio de códigos numéricos. Dominar esses códigos é fundamental para evitar prejuízos e agilizar a correção das contas.

Neste artigo, você vai conhecer os códigos de glosa mais comuns, exemplos práticos e dicas de como prevenir cada situação.

O que é a tabela de glosas?

A tabela de glosas é parte integrante do Padrão TISS (Troca de Informação em Saúde Suplementar), estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Ela define os códigos e os motivos usados pelas operadoras de planos de saúde para negar, reduzir ou ajustar o pagamento de contas médicas. Isso cria um “vocabulário comum” entre hospitais e convênios, evitando interpretações diferentes sobre um mesmo problema.

Ao receber uma negativa de pagamento, o hospital encontra no relatório o código da glosa. Conhecendo o motivo, a instituição pode corrigir, justificar ou recorrer com mais agilidade.

Quais são os principais códigos da tabela TISS?

A seguir, listamos alguns dos códigos de glosas mais frequentes em hospitais e clínicas, explicados com exemplos práticos e orientações de prevenção.

Glosa 1402: Procedimento não autorizado

O que significa:

O procedimento não foi autorizado pela operadora (ausência de autorização ou negativa administrativa).

Exemplo prático:

Cirurgia eletiva realizada sem autorização prévia ou com pedido negado: cobrança do procedimento é glosada.

Como evitar:

  • Confirmar autorização antes da realização do procedimento.

  • Registrar número da senha/autorização na guia.

  • Em caso de negativa, seguir fluxo de recurso/reanálise com documentação complementar.

Glosa 1403: Não existe informação sobre a senha de autorização do procedimento

O que significa:

Falta informar o número da senha de autorização (quando exigida) na guia/protocolo.

Exemplo prático:

Cirurgia eletiva autorizada por telefone, mas o número da senha não foi lançado na guia — a operadora glosa por ausência da senha.

Como evitar:

  • Preencher o campo de senha/autorização com o número recebido da operadora.

  • Conferir que número da senha corresponde ao procedimento e data informados.

  • Manter arquivada a autorização (comprovante) vinculada ao atendimento.

Glosa 1426: Não autorizado pela auditoria médica

O que significa:

A auditoria (médica/administrativa) da operadora entendeu que o procedimento/registro não é autorizável segundo critérios avaliados — por isso foi negado.

Exemplo prático:

Pedido de internação ou procedimento analisado pela auditoria e considerado não conforme protocolos — glosa indicada como “não autorizado pela auditoria”.

Como evitar:

  • Seguir diretrizes clínicas e protocolos aceitos pela operadora e ANS.

  • Enviar documentação completa para auditoria (histórico, laudos, justificativas).

  • Se discordar, abrir recurso com documentação complementar e justificativa técnica.

Glosa 1702: Cobrança de procedimento em duplicidade

O que significa:

Detecta-se cobrança do mesmo procedimento em duplicidade (mesmo procedimento lançado mais de uma vez, normalmente mesmo dia e/ou mesmo profissional).

Exemplo prático:

Duas guias com o mesmo código de exame lançadas no mesmo dia para o mesmo profissional, sem indicação de horas distintas ou justificativa clínica — operadora considera duplicidade e glosa.

Como evitar:

  • Informar data e hora exatas de execução em cada lançamento.

  • Para procedimentos bilaterais, indicar lateralidade (direito/esquerdo).

  • Se for necessário lançar em guias separadas, incluir justificativa clínica detalhada e horário.

  • Revisar relatórios antes do envio para identificar duplicidades.

Glosa 1705: Valor apresentado a maior

O que significa:

O valor informado na cobrança está maior do que o valor esperado/aceito (por regra do contrato, pacote ou tabela utilizada).

Exemplo prático:

Na guia, a quantidade × valor unitário resulta em um total superior ao que o contrato/tabela prevê (ex.: lançamento de quantidade incorreta).

Como evitar:

  • Conferir multiplicadores, quantidades e casas decimais no lançamento.

  • Validar previamente valores por contrato/tabela aplicada.

  • Implementar checagens automáticas no sistema (alerta para diferenças).

Glosa 1707: Não existe informação sobre a tabela que será utilizada na valoração

O que significa:

Não foi informada qual tabela de valoração deve ser usada para calcular o valor do procedimento (ex.: CBHPM, TUSS, tabela negociada).

Exemplo prático:

Guia enviada sem indicar a base/tabela prevista no contrato; a operadora não consegue aplicar a valoração correta.

Como evitar:

  • Indicar explicitamente a tabela de valoração a ser utilizada.

  • Alinhar com setor comercial sobre qual tabela aplicar por contrato.

  • Parametrizar o faturamento para usar a tabela contratual.

Glosa 1714: Valor do serviço superior ao valor de tabela

O que significa:

O valor cobrado para o serviço é superior ao valor constante na tabela de referência (valor de tabela) utilizada pela operadora/contrato.

Exemplo prático:

Foi faturada uma cirurgia com valor unitário de R$ 1.200,00, quando a tabela acordada indica R$ 800,00 — a operadora aplica glosa.

Como evitar:

  • Conferir a tabela de valoração aplicável antes do faturamento.

  • Validar código do procedimento e unidade de cobrança.

  • Parametrizar corretamente a tabela usada pelo sistema.

  • Em caso de negociação, anexar comprovante de valor diferenciado.

Glosa 1813: Cobrança de procedimento sem justificativa ou com justificativa insuficiente

O que significa:

O procedimento foi cobrado sem justificativa clínica adequada ou com documentação insuficiente para comprovar sua necessidade.

Exemplo prático:

Solicitação de ressonância magnética enviada sem histórico clínico, laudos prévios ou relatório médico: operadora glosa por falta de justificativa.

Como evitar:

  • Anexar relatório clínico, laudos e exames prévios.

  • Descrever hipótese diagnóstica e sintomas no pedido.

  • Em casos excepcionais, anexar parecer médico detalhado.

Glosa 1816: Cobrança de procedimento em quantidade incompatível com o procedimento/evolução clínica

O que significa:

A quantidade informada (sessões, diárias, unidades) é incompatível com o procedimento realizado ou evolução clínica.

Exemplo prático:

Cobrança de 10 sessões de fisioterapia quando prontuário e evolução clínica indicam apenas 3: glosa por quantidade incompatível.

Como evitar:

  • Conferir prescrição, plano de tratamento e evolução antes de faturar.

  • Garantir que quantidade coincida com controle de frequência.

  • Anexar evolução clínica que comprove necessidade.

Glosa 1817: Cobrança de procedimento incluso no procedimento principal

O que significa:

Procedimento cobrado separadamente que está previsto como incluso no procedimento principal (ou pacote).

Exemplo prático:

Cobrar taxa de material separadamente quando já está inclusa na taxa de sala/porte cirúrgico autorizada.

Como evitar:

  • Conferir composição do procedimento/pacote.

  • Evitar cobrança separada de itens inclusos.

  • Se necessário, anexar justificativa clínica e negociação com a operadora.

Glosa 1818: Cobrança de procedimento que exige autorização prévia

O que significa:

O procedimento exige autorização prévia da operadora; quando executado sem autorização, é glosado.

Exemplo prático:

Cirurgia eletiva realizada sem senha de autorização registrada.

Como evitar:

  • Verificar lista de procedimentos que exigem autorização.

  • Informar número da senha/autorização na guia.

  • Arquivar protocolo de autorização e anexar à cobrança.

Glosa 2514: Serviço não contratados para o prestador

O que significa:

O serviço refere-se a item que não está previsto em contrato para aquele prestador.

Exemplo prático:

Prestador cobra radioterapia, mas não tem esse serviço contratado com a operadora.

Como evitar:

  • Verificar contrato do prestador antes de executar/faturar.

  • Conferir credenciamento e lista de serviços autorizados.

  • Negociar inclusão ou apresentar justificativa/terceirização documentada.

Glosa 3052: Documentação incompleta, incorreta ou ausente

O que significa:

Documentos exigidos para comprovar o atendimento (laudos, evolução, autorização, notas fiscais) estão ausentes, incorretos ou incompletos.

Exemplo prático:

Faturamento de fisioterapia sem folha de evolução assinada pelo paciente.

Como evitar:

  • Conferir checklist de documentos obrigatórios.

  • Anexar laudos, relatórios e registros antes do envio.

  • Implantar revisão final de documentos no faturamento.

Como identificar e corrigir glosas hospitalares?

  • Leia o relatório de glosas recebido do plano de saúde e identifique o código aplicado.


  • Revise a conta hospitalar conferindo documentos, laudos e autorizações.


  • Separe glosas procedentes das indevidas. As procedentes devem ser corrigidas

    internamente; as indevidas podem ser recorridas com justificativa clínica e documental.


  • Mantenha histórico de recursos para embasar negociações futuras com convênios.

Como prevenir glosas de forma eficiente?

  • Crie checklists de documentos obrigatórios para cada tipo de atendimento.


  • Treine continuamente a equipe de faturamento e auditoria.


  • Utilize sistemas integrados de gestão hospitalar para cruzar informações.


  • Automatize o envio de guias em formato XML conforme padrão TISS.


  • Estabeleça rotinas internas de auditoria antes de enviar contas.

Combate às glosas em escala com IA

As glosas hospitalares representam perdas significativas de receita, mas já existem soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA) capazes de reduzir drasticamente o problema. Essas tecnologias são capazes de ler textos clínicos, identificar falhas documentais, cruzar dados com protocolos médicos e até gerar recursos de glosas automaticamente.

A RIVIO é uma plataforma de Inteligência Artificial desenvolvida para cuidar de todo o ciclo da receita hospitalar. Ela realiza desde a auditoria até o recebimento, analisando registros clínicos, identificando glosas, cruzando informações com tabelas contratuais, corrigindo inconsistências e enviando o XML às operadoras de forma automática. Com isso, hospitais e clínicas ganham eficiência, reduzem prejuízos e podem focar no que realmente importa: oferecer qualidade no cuidado à saúde da população.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre a tabela de glosas

1. O que é a tabela de glosas?

É o documento que padroniza os códigos de negativa usados pelos planos de saúde.

2. Como saber o motivo de uma glosa?

Verificando o código informado no relatório de glosas da operadora.

3. Quais os tipos de glosa mais comuns?

Duplicidade, incompatibilidade com CID, ausência de documentos e falta de autorização.

4. O que significa glosa procedente?

É a glosa correta, aplicada por erro real do prestador.

5. O que significa glosa indevida?

É a glosa aplicada erroneamente, que pode ser contestada.

6. Como recorrer de uma glosa indevida?

Apresente justificativa clínica e documentos complementares no prazo definido pela operadora.

7. Qual é o código de glosa para duplicidade de procedimento?

O código mais usado é o 1702 – Cobrança de procedimento em duplicidade.

8. A tecnologia pode ajudar a evitar glosas?

Sim, sistemas automatizados e IA reduzem falhas e agilizam a conferência.

9. Quem é responsável por tratar glosas em hospitais?

As equipes de faturamento e auditoria médica.

10. A tabela de glosas é a mesma em todos os convênios?

Há padronização pela ANS, mas cada operadora pode aplicar adaptações.

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