Prontuário eletrônico unificado: o que muda na saúde brasileira

Prontuário eletrônico unificado: o que muda na saúde brasileira

7 de nov. de 2025

Gestão hospitalar

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Dicas de Auditoria Médica
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A revolução digital na saúde brasileira está em curso. Nesta semana, a Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) promoveu uma edição especial da Jornada Digital, em parceria com a Invisual, para discutir um dos temas mais importantes da transformação digital no setor: o prontuário eletrônico unificado e os avanços da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

O evento reuniu grandes nomes da área, entre eles Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (Seidigi), e representantes da Teladoc, InovaHC, Saúde Digital Brasil, entre outros. O foco? Entender como a interoperabilidade, governança e inovação podem caminhar juntas na construção de um ecossistema de saúde mais conectado e eficiente.

RNDS e SUS Digital: o coração da interoperabilidade

A Seidigi, criada em 2023, vem liderando a transformação digital do SUS. Projetos como Meu SUS Digital, SUS Digital Profissional e SUS Digital Gestor já estão mudando a forma como cidadãos, médicos e gestores interagem com o sistema público.

A RNDS já armazena bilhões de registros clínicos, baseados em padrões internacionais (como o FHIR), garantindo o intercâmbio seguro de informações entre sistemas de diferentes instituições.

Segundo a equipe técnica da Seidigi, “a interoperabilidade é o caminho para o prontuário único – mas ela só faz sentido quando gera valor para o cidadão”.

Um dos pontos mais comentados do encontro foi o esclarecimento feito por Márcia Ogawa (InovaHC):

“O Brasil não terá um único sistema para todos os hospitais. O que precisamos é que os dados estejam acessíveis, estruturados e seguros.”

Ela comparou o modelo da RNDS ao PIX: cada instituição tem sua própria interface, mas todas compartilham uma base comum que garante a integração. O segredo está na infraestrutura interoperável, não em um sistema centralizado.

Confiança e cultura digital

Caio Soares (Telado/ Saúde Digital Brasil) trouxe uma reflexão central:

“A centralização dos dados não é um projeto tecnológico, mas omportamental.”

Mais do que ferramentas, o que o país precisa é de confiança — entre pacientes, médicos e instituições — para que o compartilhamento de dados traga benefícios reais ao cuidado e à inovação.

O Brasil, segundo ele, segue o mesmo caminho de iniciativas como o European Health Data Space, posicionando-se entre os líderes globais na criação de uma infraestrutura digital de saúde em larga escala.

Segurança, LGPD e uso responsável dos dados

Durante o debate, a equipe da Seidigi reforçou que os dados de saúde pertencem ao cidadão, e o Ministério da Saúde atua apenas como custodiante, responsável por garantir segurança e uso ético das informações.

Há também projetos em andamento para abrir dados anonimizados para pesquisa e criar normas específicas para o uso de informações identificadas, sempre em parceria com universidades e centros especializados como o Sidax e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A secretária Ana Estela Haddad reforçou:

“Estamos construindo essa governança com segurança e responsabilidade, para que o uso das informações sirva à inovação e ao interesse público — nunca à exposição das pessoas.”

Os próximos passos da saúde digital

A Seidigi anunciou dois novos movimentos importantes:

  • Assinatura eletrônica integrada à RNDS, que deve agilizar processos e aumentar a confiabilidade dos registros;

  • Seminário de Inovação Digital em Saúde, previsto para dezembro, em Brasília, reunindo novamente governo, especialistas e o setor privado.

Ninguém faz nada sozinho, muito menos em saúde digital. Essa é uma agenda de construção coletiva”, disse Ana Estela Haddad.

O futuro é colaborativo

A Jornada Digital da Anahp mostrou que o caminho para o prontuário único no Brasil não é criar um sistema centralizado, mas construir pontes de interoperabilidade, com governança, ética e confiança. O desafio da saúde digital, portanto, é tanto tecnológico quanto cultural. E o sucesso desta transição depende da cooperação entre governo, hospitais, profissionais e cidadãos — todos unidos por um objetivo comum: um SUS mais inteligente, integrado e humano.

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