10 de nov. de 2025
Inteligência Artificial
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Quando falamos de inovação em saúde, não se trata apenas de ter uma Inteligência Artificial, mas, principalmente, de cultivar uma mentalidade IA: usar a inteligência artificial como parceira da prática clínica, para além da função de gadget. A startup americana OpenEvidence é um exemplo de como isso já está acontecendo. O case de sucesso reforça por que tomadores de decisão em instituições de saúde devem prestar atenção ao tema.
Quem é a OpenEvidence
A OpenEvidence é uma empresa de IA voltada para profissionais da medicina, que desenvolveu uma plataforma de busca e suporte à decisão clínica. Segundo dados mais recentes, a ferramenta:
está em mais de 10.000 hospitais e centros médicos nos Estados Unidos;
é utilizada por cerca de 40% dos médicos dos EUA , os quais fazem login diariamente na plataforma;
um dado que aparece em algumas publicações: cerca de 430.000 médicos utilizam a plataforma
Esses números são impressionantes, ainda que varie levemente a cifra exata conforme a fonte. O importante é observar o calibre de adoção e o ritmo de crescimento.
O que isso nos ensina sobre a mentalidade IA
O sucesso da OpenEvidence recomenda a reflexão aprofundada sobre alguns aspectos relevantes.
Redução da sobrecarga de informação
A literatura médica está se expandindo a um ritmo que torna impraticável para um profissional acompanhar tudo sozinho. A OpenEvidence propõe justamente um “copiloto da medicina” para organizar, filtrar e entregar evidências relevantes na ponta da atenção. Para gestores de saúde e lideranças hospitalares, isso significa: menos tempo perdido em buscas, mais tempo para decisões clínicas e mais foco no cuidado ao paciente.
Otimização de resultados + foco no humano
Quando a IA assume tarefas de triagem e ranqueamento de evidências, ajuda a sintetizar literatura ou guia revisões rápidas, o profissional consegue liberar energia para o que realmente importa: a interação humana, o acompanhamento, o cuidado. A mentalidade IA assume que a tecnologia não substitui o médico, mas o amplifica.
Adoção estratégica em diferentes segmentos
Não importa se o hospital atua em oncologia, urgência ou atenção primária: adotar ferramentas de IA exige mais do que instalar software. É preciso pensar em:
integração com fluxos clínicos;
credibilidade dos dados (a OpenEvidence faz parcerias com revistas como The New England Journal of Medicine e American Medical Association);
capacitação dos profissionais para usar a ferramenta de modo crítico e ético.
Tempo ganho = mais atenção ao paciente
Quem está à frente de uma instituição de saúde sabe que tempo é uma das “moedas” mais escassas: tempo para dialogar, para educar equipe, para pensar a gestão. Quando a IA ajuda a reduzir tarefas operacionais ou de pesquisa, sobra mais disponibilidade para a cultura do cuidado — que, no fim das contas, é o que diferencia uma instituição de excelência.
Implicações para a sua instituição
Como decision-maker em uma instituição de saúde (seja hospital, rede ou clínica), vale observar:
Avalie o estágio de adoção de IA no seu segmento específico: ainda existem resistências, lacunas de integração e desafios regulatórios?
Trabalhe a mudança de cultura: mentalidade IA não é “colocar IA”, mas sim “pensar com IA” — isto é, refletir sobre como a ferramenta vai encaixar na prática, nos fluxos, no cuidado.
Priorize ferramentas com evidência, integração e credibilidade: os dados da OpenEvidence mostram que a adoção rápida veio acompanhada de parcerias robustas de conteúdo.
Monitore o impacto: menos tempo em busca/triagem resulta em mais tempo para cuidado. Mensure indicadores como tempo de decisão, tempo no leito, índice de satisfação do profissional e do paciente.
Cuidado com o excesso de hype: mesmo ferramentas poderosas exigem adoção responsável. A mentalidade IA exige questionamento, revisão, ética.
A OpenEvidence mostra que já estamos além do “conceito IA”: há plataformas de alto impacto na rotina médica, adotadas em larga escala. Para instituições de saúde, isso abre uma via concreta para evoluir — não apenas tecnologicamente, mas culturalmente. Adotar a mentalidade IA significa ver a inteligência artificial como parceiro no cuidado, liberando os profissionais para o que importa: o paciente, a interação, a confiança e a cultura de cuidado.
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