Hospital do futuro: como reduzir custos e perda de tempo?

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8 de out. de 2025

Auditoria Hospitalar

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Em um artigo instigante, e que pretende preparar os hospitais para os efeitos a curto prazo da Inteligência Artificial (IA), o engenheiro Guilherme Hummel coloca no divã a relação de papel-dependência no setor de saúde.

Produzido para o portal Saúde Business, onde Hummel é colunista, o texto afirma, com dados de 2021, que o setor hospitalar nacional consumiu 1,3 bilhão de folhas de papel A4, apenas no eixo das internações. “Mesmo com desktops, notebooks, smartphones, impressoras, redes de interconectividade, IA e outros ativos, a cadeia hospitalar ainda se vê obrigada a gerar, armazenar e distribuir quase 40 páginas diárias por paciente internado”, estima.

O articulista acredita que mais da metade do papel que circula dentro das empresas de saúde não tenha utilidade. Mas gera alto custo e desperdício de tempo: “Um paciente que precisa realizar um exame de imagem e se dirige a um laboratório de análises clínicas gera mais de 8 folhas de papel, incluindo cópias, impressões de documentos, questionários preenchidos à mão, ticket de senhas, laudos etc”, ilustra o autor, que é CEO da EMI - eHealth Mentor Institute, graduado em Engenharia Mecânica e pós-graduado em Sistemas de Informação.

“As equipes clínico-administrativas ainda inserem manualmente muitos dados, aumentando não só o tempo de processamento quanto a possibilidade de erros. Papéis são extraviados, esquecidos, duplicados, triplicados, exigem o dobro de esforço na tomada de decisão. “ (Guilherme Hummel)

Realidade global

Mas não é só no Brasil, alerta o engenheiro, fazendo uma volta ao mundo no que diz respeito à papelaria hospitalar:

  • EUA: Segundo relatório “2024 CAQH Index Report”, dos chamados “clinical attachments” (laudos, prontuários anexados, autorizações, etc.) apenas 32% são trocados de forma eletrônica; sendo que 68% ainda são transmitidos via telefone, correio, fax ou e-mail.

  • O Reino Unido ainda luta arduamente contra a papelaria clínico-assistencial. Uma das prioridades do atual governo para o NHS England é incentivar a redução da enorme circulação de papel que ainda navega pelo oceano de suas instituições.

  • Na Alemanha, mesmo após a obrigatoriedade em 2024 do E-Rezept (prescrição eletrônica), de 10 a 20% das receitas médicas ainda continuam sendo impressas em papel.

  • No Canadá, 29% dos médicos compartilham resumos clínicos de forma eletrônica - o restante depende de meios jurássicos, como fax.

  • Na Índia, a intervenção governamental passou a ser decisiva. Somente em 2019 foi inaugurado um hospital totalmente sem-papel (Instituto Sardar Vallabhbhai Patel de Pesquisa e Ciências Médicas), cujos médicos agora utilizam tablets em vez de pranchetas e esferográficas.

  • Na China, todos os documentos de prova médica exigem carimbo e selo oficial da instituição, sendo uma parte obrigatória do processo.

  • Na Indonésia, o regulamento federal requer carimbo da unidade de saúde em qualquer cópia de prescrição e prontuário médico (mesmo eletrônico).

  • Mesmo na Coreia do Sul, esfinge da transformação digital, há exigência de carimbo oficial do hospital em resultados de exames desde 2023.

Reflexão sobre o “vício papelocrático”

Hummel observa: onde há carimbo, há toneladas de papel - um não existe sem o outro.

A “verdade inconveniente”, título que ele dá ao artigo, não é o uso do papel na Saúde, mas o desuso da inteligência em estratificar a sua utilidade: “Ter consciência é frequentemente uma condição temporária. Não desistir dela é o que nos torna conscienciosos, aqueles que são diligentes, atentos e que percebem, de súbito, a angústia do inconsciente coletivo”.

Conferencista e articulista de publicações especializadas, o engenheiro Hummel admite que em muitos casos, a folha solta, física e escriturada a mão tem o seu lugar”. O que ele questiona é o “vício papelocrático”, onde se imprime e se fotocopia por metodologia, por regramento infundado, por insegurança ao meio digital, ou simplesmente devido ao fato de, “por via das dúvidas, vamos deixar uma cópia”.

A Rivio considera essa reflexão procedente e assina embaixo - uma assinatura digital, a propósito.

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